Como a influência corporativa e employee advocacy estão transformando a comunicação empresarial e fortalecendo marcas através de colaboradores autênticos
Por Nohoa Arcanjo,
CEO & Co-founder da Creators
Durante muito tempo, a influência digital foi vista como território exclusivo dos creators independentes. Esse cenário mudou. Hoje, o influenciador mais estratégico para uma marca pode estar dentro de casa: colaboradores, especialistas e líderes que compartilham suas vivências sobre a empresa nas redes sociais.
Se antes o porta-voz institucional era controlado pela assessoria, hoje ele é múltiplo, distribuído, espontâneo. A influência corporativa – ou o employee influence – responde à busca crescente por autenticidade nas relações entre marcas e pessoas.
No mundo da reputação, nada supera um relato verdadeiro. Quem melhor para contar a história da empresa do que quem vive sua cultura e conhece seus bastidores? Colaboradores influentes compartilham rotinas, aprendizados e causas, influenciando inevitavelmente a percepção da marca empregadora e do negócio.
A influência interna vai além da cultura organizacional: fortalece a marca institucional, impulsiona projetos de inovação, amplifica ações sociais, engaja stakeholders e contribui com resultados comerciais – especialmente em áreas técnicas ou B2B, onde o conhecimento especializado gera conexões de alto valor.
Como todo movimento estratégico, exige estrutura. Não basta “liberar” colaboradores para postarem. É preciso formar, orientar e criar governança clara que preserve a autenticidade sem comprometer a reputação. Os melhores resultados vêm da espontaneidade e consistência, nunca da imposição.
Defendo que influência não é sobre seguidores, mas sobre confiança. Confiança se constroi com coerência, verdade e relações próximas. A empresa que compreende isso amplia sua capacidade de comunicar e liderar narrativas a partir de dentro.
A pergunta não é se o creator do futuro está dentro da sua empresa – ele já está aí. A questão é: sua liderança terá coragem de reconhecê-lo e inteligência para potencializá-lo, ou continuará investindo milhões em influenciadores externos enquanto ignora o poder autêntico que pulsa dentro dos próprios corredores? O futuro da influência corporativa não espera por quem hesita.